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Rodolfo García Vázquez ministra palestra sobre direção decolonial no festival Theatertreffen, em Berlim

Rodolfo García Vázquez, coordenador de direção da SP Escola de Teatro, foi um dos principais palestrantes do projeto europeu Alexandria Nova,  dentro do Theatertreffen, maior festival de língua alemã do mundo, que acontece em Berlim, na Alemanha, até 22 de outubro. Nesta sexta-feira, 13, ele ministrou um workshop sobre direção decolonial para estudantes de direção teatral na Escola Superior de Teatro Ernst Busch, uma das mais importantes instituições do mundo na área das artes do palco.

Em sua apresentação, o artista falou sobre o processo criativo do Satyros, grupo teatral fundado por ele e Ivam Cabral há 33 anos, que desde o início trabalha com atores e técnicos profissionais e amadores, muitos de populações de vulnerabilidade sociais, como transexuais, ex-presidiários e refugiados. Além disso, abordou o ensino inovador oferecido pela SP Escola de Teatro, horizontal, não acumulativo e sustentável, hoje referência em todo o mundo das artes cênicas.

Muito da matéria da palestra foi baseada no capítulo The Decolonial Directing Approach, que o coordenador escreveu para o livro For Direction : Rethinking Theatre Directing Practices and Pedagogies In The 21st Century (Um Olhar para a direção: repensando as práticas e pedagogias de direção teatral no século XXI), lançado durante o festival e que reúne temas discutidos ao longo das pesquisas do Alexandria Nova. No artigo, ele apresenta e desenvolve sua linha de pesquisa que vem sendo trabalhada a partir da prática e teoria aplicada nas montagens do Satyros desde 1989. Além disso, o texto expõe um panorama do teatro paulistano e de expoentes importantes da história cultural de São Paulo. No geral,  também são abordadas questões de gênero, raça, classe social e a relação entre colonizador, colonizado e o empoderamento de grupos vulneráveis no processo criativo teatral.

Durante a explanação, Vázquez rememorou a revitalização da Praça Roosevelt, processo em que ele e Cabral foram personagens fundamentais, e comentou como uma grande parte da população que vivia na região se integrou ao Satyros e à SP Escola de Teatro, como é o caso das recepcionistas transexuais que trabalham na instituição. Ademais, o diretor fez uma provação ao público, ao explicar em detalhes como é feito o teatro decolonial:

“Como diretor decolonial, você sempre precisa se questionar quais são corpos estão no palco e quais estão na plateia. E sempre pensar: quantos atores transgêneros, muçulmanos, refugiados e etc, você vai dirigir na sua vida? Todavia, o diretor tradicional não pensa nisso, então ele está sendo um diretor colonialista”.

Ao final de sua apresentação, o coordenador da SP foi muito aplaudido e se  juntou aos colegas Johannes Maria Schmit (Dinamarca), Yana Ross (Letônia/EUA) e Anja Suša (Suécia) para as perguntas do público do mundo todo, que acompanhava o evento presencialmente e online.




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