SP Escola de Teatro divulga vencedores do Prêmio Solano Trindade 2025

A ADAAP (Associação dos Artistas Amigos da Praça) e a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco anunciaram hoje (22) os nomes dos três vencedores da sexta edição do Prêmio Solano Trindade.

Instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela Associação dos Artistas Amigos da Praça (ADAAP), a SP Escola de Teatro realiza o Prêmio Solano Trindade desde 2020, com a publicação de três textos vencedores a cada edição em livro editado pelo seu Selo Lucias e com distribuição gratuita.

As três peças vencedoras do 6º Prêmio Solano Trindade são:

– “Depois do Homem ”, de Blendon Cassio do Santos, de São Paulo, São Paulo;

– “Interim: ou como despertam os griôs”, de Rayrlaine Ariana Geraldo da Silva, de Belo Horizonte, Minas Gerais;

– “Alerta: Estado de pixAção”, de Clarissa Roberta Alves dos Santos, de São Paulo, São Paulo;

Em caso de algum impedimento de algum dos textos vencedores conforme o edital, os três textos suplentes, por ordem de classificação, são: “VAGÃO NEGREIRO”, de Leonardo Cândido Simões, de São Paulo, São Paulo; “Pulsão”, de Bibi Marães, de Osasco, São Paulo; e “Deságua – Há mar nas lágrimas ”, de Victor Timotio de Lima, de Guarulhos, São Paulo.

Voltado ao reconhecimento do trabalho de dramaturgos negros, o Prêmio Solano Trindade é concedido anualmente pela SP Escola de Teatro, que publica, por meio do Selo Lucias, três textos inéditos dramatúrgicos escritos por artistas negros com vínculo docente e/ou discente em instituições de ensino de artes cênicas de todo o Brasil.

A Comissão de Seleção da 6ª edição do Prêmio Solano Trindade foi composta por Luz Ribeiro, Lucas Moura e Bianca Melo, profissionais com notória experiência na área teatral e com conhecimento em estudos e debates sobre negritude.

A sexta edição do Prêmio Solano Trindade recebeu 27 textos inscritos e aptos pelo edital, assinados por brasileiros ou estrangeiros com residência regular no Brasil, maiores de 18 anos e autodeclarados negros (pretos ou pardos). Cada proponente pôde inscrever um único trabalho original, inédito, no idioma português, não editado sob qualquer meio e não encenado profissionalmente.

Os textos premiados serão publicados em livro, impresso e digital, e distribuídos gratuitamente em lançamento previsto para o mês de novembro de 2025 e em programas ou ações da SP Escola de Teatro e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

Os vencedores deverão assinar o Termo de Cessão de Direitos Autorais necessário para a publicação do livro mencionado, cabendo-lhes o direito de receber até 50 (cinquenta) exemplares.

Ao realizar a inscrição, os participantes do Prêmio Solano Trindade declararam concordar com os termos do edital e que todos os direitos inerentes à edição dos textos premiados serão exclusivamente da Adaap. Os direitos de encenação, porém, são dos participantes premiados.

O Prêmio Solano Trindade é uma homenagem ao poeta, dramaturgo e diretor pernambucano Solano Trindade (1908-1974). Arte-ativista das causas negras, foi o criador do Teatro Popular Brasileiro (TPB), grupo formado por operários, domésticas e estudantes e que tinha como inspiração algumas das principais manifestações culturais do país. Atuou também na dança, criando em meados dos anos 1950 um grupo referencial: o Brasiliana, reconhecido no Brasil e no exterior. (Fonte: Museu Afro Brasil).

+ Leia os livros das edições anteriores do Prêmio Solano Trindade

Sobre a Comissão de Seleção do 6º Prêmio Solano Trindade

Luz Ribeiro atua na cena literária de Sarau e Slam há quase 15 anos, período em que esteve inserida em coletivos teatrais, aprimorando o formato do Spoken Word para a cena. É dramaturga, diretora e cofundadora de coletivos artísticos com forte impacto social e cultural na cidade de São Paulo. Luz é cofundadora, dramaturga e diretora do Coletivo Negrura e Coletivo Vinte e Três (Atualmente em atuação). É autora e diretora da peça infantil “Conta Minha História” e cofundadora do Slam das Minas SP, Slam do 13 e Coletivo Legítima Defesa.

Lucas Moura é formado em dramaturgia pela SP Escola de Teatro, Escola onde atuou também como professor. Atualmente, cursa filosofia na USP. Atuou também como Professor de Dramaturgia nas Fábricas de Cultura Zona Leste (2019-2022). É roteirista e diretor do podcast ficcional para crianças negras “Calunguinha, o cantador de histórias”, um dos podcasts infantis mais escutados do Brasil que conta com nomes como Lázaro Ramos, Yuri Marçal, Solange Couto, Douglas Silva, Theresa Cristina, Babu Santana, Ìcaro Silva, Naruna Costa, Luedji Luna e Margareth Menezes; e roteirista do podcast ficcional “Planetário” com enfoque ciências para crianças negras. Em junho de 2021, estreou como dramaturgo a peça “Desfazenda – me enterrem fora deste lugar” com o grupo teatral “O Bonde”, direção de Roberta Estrela D’Alva e participação de Grace Passô, que recebeu o prêmio APCA de melhor espetáculo, e foi indicada ao Prêmio Shell (2023) de Melhor Dramaturgia.

Bianca Melo é atriz e produtora cultural, licenciada em teatro pela Universidade Federal do Tocantins e graduanda em História pela UNIFESP. Pesquisa, desde 2019, o formato cênico intimista que resultou no espetáculo solo autoral “Tudo Que Tenho” (2021). É artista associada ao Grupo Um Ponto Dois de Teatro (Palmas-TO), integrando o elenco do espetáculo “As Histórias Que Vou Te Contar” de 2019 a 2022 e permanecendo, atualmente, na equipe de produção/captação. No audiovisual, atuou em parceria com a Fábrica Produções, sendo produtora executiva do curta “O Segredo de João” (2021), continuísta no longa “Entramas” (em pós-produção) e assistente de produção no documentário “Catarse – as três primeiras décadas do teatro palmense” (2022).